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    Assiria - Potencias do Médio Oriente



    Império do Médio Oriente que existiu entre 2500 e 612 a.C., no norte da Mesopotâmia (actual Iraque). A sua primeira capital foi Assur e, mais tarde, Nínive. Esteve, no início, sob o domínio da Suméria e, intercaladamente, da Babilónia. Os assírios adoptaram em grande escala a religião suméria, assim como a sua estrutura de sociedade. Quando chegou à extensão máxima, o império incluía o Egipto e ia desde a costa leste do Mediterrâneo ao topo do golfo Pérsico.
    O território da Assíria consistia inicialmente numa faixa estreita de solo aluvial em cada margem do rio Tigre. A área foi estabelecida por volta de 3500 a.C. e dominada pelos sumérios até cerca de 2350 a.C.
    Os primeiros reis assírios foram mencionados durante as guerras que se seguiram ao declínio da terceira dinastia de Ur (na Suméria); mas a Assíria esteve sob os domínios dos babilónios e depois dos egípcios, até cerca de 1450 a.C. No reinado de Assuruballit (entre 1380 e 1340 a.C.), a Assíria tornou-se uma potência militar e assim continuou através dos reinados de Adad-narari I, Salmanasar I e Tukulti-Ninurta I, que conquistaram a Babilónia e assumiram o título de reis da Suméria e de Acad.
    Durante o reinado de Nabucodonosor I (1150-1110 a.C.), a Assíria esteve novamente sob o domínio da Babilónia, mas foi libertada por Tiglat-pileser I. Durante as invasões aramaicas, a maior parte do território conquistado desapareceu. Após a subida ao poder de Adad-Narari II, em 911 a.C., a Assíria prosseguiu o percurso expansionista,que culminou com a soberania sobre o Elam, a Mesopotâmia, a Síria, a Palestina, as carreiras árabes e o Egipto. São deste período os registos que chegaram até nós do Antigo Testamento e outros «documentos», como o Obelisco Negro que celebra a conquista de Salmanasar III, no século IX a.C.
    O reinado de Assurnasípal II (885-860 a.C.) foi de guerra permanente, como mostram registos em muitos baixos relevos. Salmanasar III desencadeou a guerra contra osestados sírios. Nas batalhas de Qarqar, em 854 a.C., o avanço assírio foi travado e seguiu-se um período de declínio. O fim da ascendência assíria começou com Tiglat-pileser III (746-728 a.C.) e continuou durante os reinados de Sargão II, Senaquerib, Assarhadão, e Assurbanípal, culminando com a conquista do Egipto por Assarhadão em 671 a.C.. A partir de então o império parecia ter entrado em declínio. Nabupolasar da Babilónia e Ciaxares da Média uniram-se contra a Assíria; Nínive foi destruída em 612 a.C.; a Assíria tornou-se uma província média e, posteriormente, um principado do Império Persa.



    Os elementos principais da religião, das leis, estruturas sociais e realizações artísticas da Assíria foram importados dos reinos vizinhos. Os assírios adoptaram dos sumérios a escrita cuneiforme (inventada em 3500 a.C.) bem como o seu panteão, embora o deus assírio Ashur (Assur) assumisse a posição principal no culto. Abiblioteca de Assurbanípal, escavada em Nínive, é a prova da profundidade com que a cultura babilónia foi assimilada.


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